segunda-feira, 13 de julho de 2009

clarice

Porque eu me imaginava mais forte. Porque eu fazia do amor um cálculo matemático errado: pensava que, somando as compreensões, eu amava. Não sabia que, somando as incompreensões, é que se ama verdadeiramente. Porque eu, só por ter tido carinho, pensei que amar é fácil. É porque eu não quis o amor solene, sem compreender que a solenidade ritualiza a incompreensão e a transforma em oferenda.

E é também porque sempre fui de brigar muito, meu modo é brigando. É porque sempre tento chegar pelo meu modo. É porque ainda não sei ceder. É porque no fundo eu quero amar o que eu amaria - e não o que é. (...) É também porque eu me ofendo à toa. É porque talvez eu precise que me digam com brutalidade, pois sou muito teimosa.

2 comentários:

  1. Amo Clarice!

    Não é somente questão de adorar mas independente disso, ela é ótima mesmo.

    Até escolhi a minha professora para o próximo semestre só porque ela é especialista em Clarice.

    Abraço,

    Sofista.

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